SARGENTO MORTO A TIRO, PAULADAS E PEDRADAS.
Luizão saía do Bar do Toizinho em Tabuazeiro e foi atacado por Gargamel e um menor.
O Sargento da PMES LUÍZ Alberto Tonini, o Luizão, 44 anos, foi morto a tiros, pauladas e pedradas, na madrugada de ontem no bairro Tabuazeiro. Durante a tarde, os policiais conseguiram prender os assassinos, um dos quais é menor.
Depois de beber no Bar do Toizinho, na Rua Marcolino, no bairro, o PM saiu em direção ao Morro do Macaco, onde foi atacado por dois homens. O menor M.S.S., 17, ficou escondido atrás de um Fiat 147 e, depois que o sargento passou deu três tiros nele, acertando sua nuca.
O PM caiu, mas ainda conseguiu levantar, sendo então atingido por pauladas, dadas por Rosimar Sampaio de souza, o Gargamel 20. Com o militar ainda no chão, Gargamel esmagou a cabeça dele com uma pedrada.
Os dois assassinos ainda tinraram a calça de Luizão, para roubar a arma, e Gargameu deu mais dois tiros nele, com a própria arma do policial.
Por volta das 6 horas, o corpo do PM foi encontrado por populares que avisaram à família que não soube explicar o motivo do crime. Segundo Lilia Silva Tonini, 16, filha de Luizão, era muito calado, não falava em casa. “Mas achamos que pode ter sido por vingança supôs.
O corpo foi velado no ginásio do Quartel Geral da Polícia Militar, em Maruipe e o enterro aconteceu hoje, ás 8 horas, no Cemitério Jardim da Paz, em Laranjeiras, Serra.
PRESO 12 HORAS DEPOIS
Doze horas após a morte do PM Luizão, policiais civis e militares conseguiram prender os dois assassinos e as duas armas. O menor M.S.S e Rosimar Sampaio de souza, o Gargamel, são primos e moram na mesma casa, na Ilha de Santa Maria.
M. foi preso na casa e Gargamel em seu trabalho na Fábrica de biscoitos Ki-Crocante, no mesmo bairro. As armas estavam enroladas numa camisa azul com listras pretas debaixo de uma pedra, no quintal da casa.
Uma das testemunhas , que não quis se identificar, disse que estava no bar quando ouviu os tiros. Disse também que ainda viu o PM CAÍDO NO CHÃO E Gargamel, que usava uma camisa igual à encontrada pelos policias.
“Luizão estava bebendo no bar e começou a falar que estava atrás do menor e que hoje(ontem) ele não escapava”, contou outra testemunha. Amigos do militar disseram que ele não conhecia o menor e que só sabia que era irmão de um ladrão conhecido como Ratão.
M. contou, na Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa, que ouviu as ameaças que Luizão lhe fez no bar e o matou para não ser morto. Disse ainda que não conhecia a vitima e que não sabia que era policial.
Gargamel contou que dormia, em casa, quando seu primo chegou e o chamou para “apagar” um cara. “Ele me pediu a arma emprestada, um revólver calibre 32”, disse.
Segundo o titular da DHPP, delegado Marcio Braga, Gargamel foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e furto. Ele ficara preso no Departamento de Policia Judiciária de Cariacica, em Campo Grande. Se for condenado poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão, alem de quatro anos pelo furto da arma.
O menor foi encaminhado à Delegacia de Menores, em Maruipe, onde poderá ficar preso até completar 21 anos. Contra ele foi feito um auto de apreensão.
Extraído do Jornal A Tribuna – Vitória-ES, Quinta-Feira – 26/09/1996, fls. 19 – Polícia.
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