Caso juiz Alexandre Martins - Caminhonete preta pertencia a morador do bairro
9/10/2009
Novo desmonte
Editorial
Está vindo a público nesta edição, dentro da série “Um juiz acima da lei e da ordem”, o desmonte de mais uma manobra do juiz Carlos Eduardo Lemos para direcionar o processo do caso Alexandre no rumo do crime de mando.
Desta vez, a tramóia desfeita anunciava a presença de uma caminhonete suspeita rondando a cena do latrocínio. Ao volante dela – segundo juiz de exceção – estaria o traficante Fernando Cabeção, a quem supostamente coubera a tarefa de verificar se a morte de Alexandre se consumara.
De fato, uma caminhonete preta foi vista no local em que Alexandre tombou morto pelos tiros do assaltante “Lumbrigão”, no momento exato em que se realizava a tentativa de assalto. Mas ao volante não estava traficante algum e sim um morador do bairro, que costumeiramente por ali trafegava naquele horário.
A advogada do traficante, Carla Pedreira, depois de muito esforço, conseguiu localizar o condutor da caminhonete e com ele conversar pelo interfone. Dele ouviu que fora procurado pelo então titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Danilo Bahiense, para dizer o que fazia no local e no momento do latrocínio.
Depois de esclarecer que morava nas proximidades e que se afastara do local ao ouvir os tiros disparados por “Lumbrigão”, foi aconselhado por aquele policial a ficar calado e “não se meter no assunto”.
Carla Pedreira, já então sabedora dos propósitos de Carlos Eduardo de fazer prevalecer a tese do crime de mando a qualquer custo, elaborou uma lista de nomes para serem ouvidas na defesa de Fernando Cabeção e nela incluiu o nome e o endereço do condutor da caminhonete.
Para encurtar a história, o dono da caminhonete, um empresário, prestou depoimento e desfez a história arquitetada pelo juiz. Só que seu depoimento foi retirado dos autos. Assim, não puderam os jurados conhecer a verdadeira história da caminhonete.
Com mais este ato ilegal do juiz, trazido à tona nesta edição, avolumam-se as irregularidades na condução do caso pelo juiz de exceção Carlos Eduardo.
Mas ainda há outros atos do mesmo gênero que Século Diário continuará divulgando, com provas documentais e testemunhais, todos eles figurando nos recursos levados às instanciais mais altas do Judiciário federal com pedidos de anulação da farsa que permeia as ações judiciais e as investigações policiais do caso, assim como o livro “Espírito Santo”.
A crença geral, hoje, entre os advogados dos acusados é de que o processo sobre a morte de Alexandre será mesmo anulado.
http://www.seculodiario.com/exibir_not_coluna.asp?id=1907&pagina=7
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