Vitória (ES), edição de 23 de fevereiro de 2007 |
Filho de advogado assassinado luta por
reconhecimento de herança na Justiça
José Carlos Bacchetti
Foto: Ricardo Medeiros ![]() | |
Os avós de Fabrício alegaram problemas de saúde na véspera da audiência para não assumir o compromisso da realização do exame. O futuro advogado Fabrício que trabalha como estagiário da Defensoria Pública se disse indignado. Disse que "é a cara do pai, basta olhar", para acrescentar que tem todas as provas materiais necessárias para provar que ele é filho do advogado que o crime organizado deu sumiço no corpo em 1992. Na época Fabrício tinha 10 anos de idade.
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E pesa contra os avós também o fato de eles terem assumido a educação do neto, após a morte de Carlos Batista, transferindo-o da Escola Centro de Educação Infância Feliz, em Jardim América, para o Colégio Adventista Edessa, no interior do Estado. Por último, os avós estavam pagando a faculdade dele, a Univix, mas suspenderam a ajuda quando ele resolveu reivindicar os direitos que diz ter por ser filho de Carlos Batista.
"Resolvi tomar uma atitude a partir de quando vi que meus avós nunca se interessaram em legalizar a minha situação. Passei a me sentir constrangido, quando percebi que, ao me alistar, o meu registro passou a constar como pai não declarado, o mesmo ocorrendo com na minha Carteira de Identidade", disparou Fabrício, que na manhã desta sexta-feira (23), concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Século Diário, apresentando os seus tios, o aposentado da Prefeitura Municipal de Vitória, Gessy Batista Pereira, de 73 anos, e Lúcia Alcântara Costa Pereira, de 60 anos, moradores à Rua Nilson Guimarães, 40, em Tabuazeiro, Vitória. Gessy é irmão da avó de Fabrício, Juracema.
"Não posso negar que Fabrício era filho de meu sobrinho Carlos Batista, de quem tomei conta e vi o relacionamento dele e o carinho pelo menino. É minha irmã, mas não posso faltar com a verdade", disse Gessy. Já a esposa dele, dona Lúcia, disse que o pai de Fabrício, advogado Carlos Batista, tinha muito xodó pelo filho.
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Comprovado ser Fabrício filho de Carlos Batista, como único herdeiro terá direito a uma fazenda em Vila Pavão, uma casa em Jacaraípe, uma conta bancária deixada pelo pai e um apartamento em Jardim da Penha, na rua Anízio Fernandes Coelho, no valor de R$ 150 mil.
Além de passar a ser herdeiro das posses dos avós, que, entre os bens, têm uma fazenda em Ecoporanga de cultivo do café, milho e criação de bovino e suíno. Na luta pelos direitos, Fabrício conta com os trabalhos da advogada Tatiana Mascarenhas Karninke
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