Nuno Moraes e Glacieri Carraretto
Redação Multimídia
Dois rapazes que pretendiam assaltar um taxista na madrugada de ontem foram executados a tiros, no momento em que abordaram o veículo, na BR 262, em Alto Lage, Cariacica. O autor dos disparos foi o dono do carro, um policial militar da Companhia de Operações Especiais (COE), que dirigia um Siena.
O fato aconteceu por volta de 4h30 de ontem. O taxista Silvio Cardoso havia trabalhado durante a noite e parte da madrugada. Quando encerrou o horário, ele foi a um bairro em Vila Velha, para entregar o carro na casa do soldado Marcos Antônio Cordeiro Godói.
Lá, o PM ofereceu carona para o taxista, dizendo que o levaria até em casa. Os dois seguiram para Cariacica. Em Jardim América, Godói parou o carro em um posto, para abastecer.
Logo atrás, dois rapazes pararam a motocicleta Honda 150 Bros e colocaram R$ 5,00 de gasolina no tanque. A manobra não passou despercebida para Godói, que já havia visto, pelo retrovisor, a motocicleta seguindo o táxi antes.
Logo que o táxi saiu do posto, os dois rapazes também saíram e passaram a seguir o Siena. A abordagem aconteceu próximo à garagem de uma viação de ônibus.
O piloto da moto atravessou na frente do táxi e levou a mão à cintura, sob a camisa, simulando que ia sacar uma arma. Nesse momento, o PM reagiu e baleou os suspeitos.
O primeiro baleado foi Gabriel Jorge Freire Júnior, 20, que morreu no local. José Batista Oliveira, 24, dirigia a moto e tentou escapar, mas caiu ferido. Ele foi socorrido, mas morreu no Hospital São Lucas.
Dupla pegou moto emprestada
foto: Nestor Muller
Marcos Antônio (no destaque) dirigia o táxi e percebeu pelo retrovisor que os suspeitos o seguiam
A motocicleta Honda NXR 150 Bros usada por Gabriel e pelo comparsa na tentativa de assalto havia sido tomada emprestada por eles de um outro rapaz. Segundo o dono do veículo, os dois haviam pedido a motocicleta para sair e "arranjar um dinheiro", na madrugada de ontem.
Em nota oficial, a Polícia Militar informou que a ação do policial Marcos Antônio Godói foi motivada por uma tentativa de assalto e que ele apenas se defendeu, para garantir a própria integridade física.
Antes de morrer no hospital, o suspeito José Batista teria confirmando para policiais militares que estiveram no local do acidente que ele e Gabriel haviam tentado o assalto, achando que no táxi estavam o taxista e um passageiro. E que iriam, se fosse necessário, matar o taxista. Essa confissão teria sido ouvida por PMs e um oficial responsável por acompanhar ocorrências envolvendo militares
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