Ministério Público denuncia perito
José Coradini atuou no local onde Vinícius Brandão foi morto, em 2007, e fez laudo para defesa do acusado
17/06/2011 - 23h00 - Atualizado em 17/06/2011 - 23h00A Gazeta
Claudia Feliz
cfeliz@redegazeta.com.br
A Polícia Civil havia indiciado não só Coradini, mas também uma outra perita, Célia Mara Carvalho Satler, e os advogados Carla Festa e Leonardo Gagno, inclusive por formação de quadrilha, mas o Ministério Público só denunciou Coradini.
Amizade
O perito diz que elaborou a reprodução simulada, contendo versões do acusado e de testemunhas, além de fotos do local do crime, a pedido da advogada Carla Festa, que na época trabalhava com o também advogado de Matelz Andrade, Homero Mafra. Carla Festa, que assim como Mafra, já não advoga mais para o empresário, diz que não se lembra desse pedido.
Foi o atual advogado de Matelz Andrade, Leonardo Gagno, quem requereu à Justiça, no dia 25 de maio deste ano, a anexação do laudo simulado ao processo. O objetivo era utilizar o material durante o julgamento, remarcado para o dia 29 deste mês.
Mas o juiz da Primeira Vara Criminal de Vitória, Marcelo Soares Cunha, indeferiu o pedido, mandando retirar a peça do processo. Além disso, excluiu Coradini da lista de testemunhas indicadas pela defesa.
Leonardo Gagno diz que recebeu o laudo do próprio Matelz Andrade, e que não conhece Coradini. "Não forjei laudo e não corrompi ninguém, Não me soou como nada ilegal", assegura.
Coradini, por sua vez, diz que fez o laudo "com a melhor das intenções", e que não "protegeu ninguém além da verdade". Segundo ele, o material não era para entrar no processo, mas para ajudar na compreensão dos fatos.
Mas, para o Ministério Público, o objetivo era influenciar no julgamento dos jurados.
Processo por transgressão disciplinar
Além de denunciado por usurpação de função e prevaricação, José Pedro Coradini responde administrativamente por infração ao Estatuto da Polícia Civil, devido à elaboração do laudo extra-oficial do crime, juntamente com a perita Célia Mara Carvalho Satler.
Laudos complementares podem ser elaborados, mas o procedimento precisa ser requerido ao juiz.
Célia Mara Satler diz que digitou o texto de um laudo que já havia sido elaborado por Coradini. "Eu nem assinei", garante.
O crime
Vinícius Brandão tinha 21 anos quando foi morto com dois tiros, na noite de 6 de maio de 2007. O crime aconteceu na Rua Francisco Eugênio Mussielo, próximo a um clube, em Jardim da Penha.
O comerciante Matelz Andrade diz que saiu do Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, e que foi para o local com um amigo e três mulheres, onde alega ter sofrido agressão física.
Ele diz que foi ferido com a faca na mão e na cabeça, e que atirou para se defender, com uma arma que levava no seu carro.
O Ministério Público garante que Vinícius Brandão foi morto quando se dirigiu a Matelz, na tentativa de pôr fim a uma briga da qual ele não participava.
Será que este perito é o mesmo que foi por duas vezes fez a perícia do CASO MANGANGÁ em São Gabriel da Palha-ES, e duas perícias diferentes uma da outra ?
ResponderExcluirA primeira disse que MANGANGÁ caiu da escada,
a segunda disse que MANGANGÁ caiu de cima do prédio de 4 andares.
DETALHE: MANGANGÁ não tinha UM OSSO QUEBRADO sequer, mas tinha inúmeros hematomas espalhados pelo corpo.
ESTRANHO NÉ !
QUEREMOS JUSTIÇA !